Muito se escreve em Musicoterapia acerca de reações dos pacientes ao processo terapêutico. Sem dúvida, é de grande importância que se reflita sobre tais aspectos. Acompanhar a evolução dos atendimentos clínicos, seu prognóstico, bem como o aprimoramento da postura profissional devem constituir alguns dos principais elementos norteadores de nossa prática. Entretanto, talvez ainda falte, na literatura de que ora dispomos, discussões mais sistematizadas no tocante à figura do musicoterapeuta, seus sentimentos e/ou intervenções, presentes na singularidade da relação terapêutica que estabelece com cada paciente. O que sente o musicoterapeuta, por exemplo, frente a comportamentos específicos de seu paciente, tais como irritação, silêncio, isolamento, e tantas outras formas de resposta, nem sempre positivas e/ou manejáveis? Como responde, especialmente a nível musical, a situações causadoras de desconforto. impotência, ansiedade? K neste sentido que se pretenda descrever alguns aspectos íle um estudo de caso, tema central da disciplina intitulada II Projeto Independente, no programa de Mestrado em Musicoterapia da Tem pie University, U.S.A. (Cirigliano, 1996).