Embora se perceba uma crescente consciência dos aspectos contextuais e políticos da musicoterapia, as discussões sobre sexualidades e gênero não-heterossexuais permanecem à margem. Esta pesquisa fez uma Revisão Integrativa da literatura sobre o tema de maneira a 1) indicar as possíveis limitações impostas pela matriz heteronormativa nos atendimentos em musicoterapia; 2) discutir se é possível uma prática mais afirmativa no atendimento a pessoas LGBTQ+ em musicoterapia e 3) sugerir como essa prática poderia se estender para além de questões de gênero e sexualidades. Diante disso, verificou-se que as maiores implicações relacionadas às pessoas LGBTQ+ na musicoterapia, são provenientes da replicação das estruturas opressivas, excludentes, seja dentro ou fora do setting musicoterapêutico e que a ideia de uma ação anti-opressiva é a abordagem que direciona melhores práticas para esta população. Concluímos a necessidade que as diversidades de gênero e sexualidade, bem como as relações interseccionais, sejam por mais vezes pautadas nas produções literárias e que estas abordagens possam ser implementadas na formação de profissionais musicoterapêutas, a fim de promover uma formação anti-opressiva, inclusiva e orientada para a justiça social.
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