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ANO XIX – NÚMERO 22 – 2017
PLASTICIDADE E ELASTICIDADE: QUALIDADES DO SETTING DE MUSICOTERAPIA
Resumo
Este artigo propõe a apresentação de duas qualidades da sala de musicoterapia: a plasticidade e a elasticidade. São exemplificadas através de duas vinhetas clínicas. Estas vinhetas também demonstram ciclos criativos que ocorrem através de intervenções que envolvem tecnologia com um grupo específico, composto por oito adultos com transtorno do espectro do autimo (TEA). Em dinâmica de musicoterapia, musicoterapeutas identificam necessidades e interesses do grupo e intervêm no aqui-e-agora das sessões. O material musical produzido, então, pode ser arranjado fora do espaço da terapia com ou sem a presença dos pacientes. A composição clínica arranjada, ou a trilha sonora, é trazida novamente para o grupo que responde a ela e continua a recriá-la. Esta dinâmica terapêutica permitiu o entendimento de que o setting de musicoterapia pode conter duas qualidades importantes: PLASTICIDADE (pode ser transformado de acordo com a necessidade clínica; musicalmente, em uma estação de trem, por exemplo) e ELASTICIDADE (pode ser ampliado, extendido, significando que a intervenção clínica pode ocorrer fora do espaço do consultório sendo uma extensão do setting terapêutico; por exemplo, no estúdio musical, em um palco de teatro etc.). Assim forma-se um ciclo clinico-criativo que envolve o dentro e o fora do setting de musicoterapia. Como conclusão, a ideia de que a experiência musicoterapêutica, realizada através do fazer criativo-musical, pode alcançar níveis mais abrangentes, colaborativos e sociais.
Referências
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