Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) do Programa de Saúde da Família (PSF) da Favela Monte Azul/SP são pessoas que cuidam profissionalmente de sua comunidade. Os laços criados com as famílias configuram uma intrincada relação de cuidados que vão além da dimensão profissional. Por um lado, existe uma enorme satisfação em atuar como ACS, mas, por outro, eles se sentem sobrecarregados diante de tantas demandas, sendo o estresse uma queixa recorrente. Este estudo teve como objetivo conhecer a realidade de trabalho dos ACS e compreender as razões que os levam a manifestar o que chamam de estresse. Como objetivo específico, pensar como a musicoterapia poderia contribuir como instrumento terapêutico e de intervenção nesta realidade. O grupo que se tornou objeto de investigação é constituído de sete mulheres entre 22 e 45 anos. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, que se situa metodologicamente no campo da pesquisa-ação. Em relação à musicoterapia, as ACS foram unânimes em reconhecer o quanto foram ajudadas e o desejo de que o trabalho tivesse continuidade, o que aponta para uma questão muito importante: o cuidador precisa ser cuidado e a Musicoterapia pode atuar na promoção, prevenção e recuperação da saúde das coletividades.
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