A música está presente em todas as culturas e, desde épocas mais remotas, os indivíduos apresentam capacidades básicas para seu processamento, o qual está organizado em módulos diferenciados que envolvem regiões diferentes do cérebro. A produção e percepção da música estão relacionadas às nossas capacidades cognitivas, envolvendo áreas do córtex auditivo e do córtex motor. Por outro lado, a música produz respostas emocionais que englobam outras áreas corticais e subcorticais. A música é um estímulo multimodal muito potente que transmite informação visual, auditiva e motora para o cérebro, o qual tem uma rede específica para seu processamento, representada por regiões frontotemporoparietais. Esta ativação pode ser muito benéfica no tratamento de diversas doenças neurológicas, seja através da reabilitação ou da estimulação de conexões neuronais alteradas. De acordo com Thaut e cols., musicoterapia neurológica é a aplicação terapêutica da música para estimular mudanças nas áreas cognitivas e motoras após doença neurológica. Em 2009, um grupo de musicoterapeutas brasileiros, fundou a Sociedade Brasileira de Musicoterapia Neurológica, com o objetivo de promover educação e pesquisa científicas em neuromusicoterapia no Brasil. No mesmo ano, as musicoterapeutas Alcântara-Silva & Moreira fundaram a especialização denominada de “neuromusicoterapia” com o objetivo de tratar e reabilitar pacientes neurológicos utilizando além da musicoterapia neurológica, outras técnicas específicas de musicoterapia e de reabilitação.
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