Na musicoterapia organizacional a música é utilizada para desenvolver grupos profissionais e melhorar as relações em ambientes de trabalho. As intervenções terapêuticas são diferenciadas; a produção de mudança tem como foco tanto o indivíduo quanto a empresa, os limites do setting são ampliados e a relação cliente-musicoterapeuta estende-se, incluindo diversas relações. A demanda vem de terceiros, gerentes e diretores, e nem sempre coincide com a percepção dos colaboradores. O presente artigo tem por objetivo refletir sobre as possibilidades de atuação e características essenciais do musicoterapeuta para atuar nas organizações. Desenvolvimento de equipe, seleção de pessoas, palestras temáticas, práticas vivenciais e programas de música no ambiente de trabalho foram algumas das práticas encontradas na literatura. Acredita-se que o conhecimento dos processos da empresa, empreendedorismo (visão estratégica e proatividade), comunicação clara, saber lidar com jogos de poder e com alto nível de exposição perante o grupo são competências importantes para atuar nesse contexto. Considera-se ainda necessário constante aprimoramento e flexibilidade diante de situações de imprevisibilidade. Nota-se a necessidade de novos estudos que ampliem a temática e desenvolvam reflexões sobre a atuação do musicoterapeuta organizacional.
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