Apresentamos algumas contribuições da musicoterapia no resgate do direito da criança com câncer de experimentar situações próprias de um desenvolvimento infantil saudável, durante sua permanência na sala de espera hospitalar. Apesar das várias declarações internacionais de direitos humanos, a sociedade ainda está aquém de gozar de seus direitos igualmente. Alteridade, o respeito à diferença e a garantia de direitos a todos apresentam estratégias desafiadoras e as práticas e representações sociais são desenvolvidas com vistas a manter a exclusão. O ambiente hospitalar oncológico desvela circunstâncias diversas que retratam a realidade de situações de exclusão vividas pela criança com câncer fora do contexto hospitalar. A musicoterapia pode contribuir para a melhora, recuperação ou manutenção da saúde física e psicossocial da criança, valorizando o que ela traz de sua realidade para dentro do contexto musicoterapêutico hospitalar. É nesta valorização que se dá a abertura e reconhecimento do outro. É neste reconhecimento que se promove os direitos humanos deste “outro” ser criança.
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