Atualmente, cada vez mais pesquisas estão sendo realizadas a respeito das naturezas sensoriais que constituem o Transtorno do Espectro Autista na infância desde os primeiros meses de vida. Observa-se que em muitas crianças autistas parece haver algum desequilíbrio no processamento das experiências sensoriais, o que afeta a capacidade delas de se engajarem em relações interpessoais no decorrer de suas vidas. Diversos autores nos falam que o diálogo sensorial tônico-sonoro característico da maternagem é uma condição fundamental para a criança conseguir se relacionar com o outro (a mãe, o pai, a família e os demais círculos sociais). Neste artigo busco investigar a influência da integração rítmica e melódica entre o canto (improvisado ou re-criado) e o Palming (um toque corporal específico proveniente da Análise Psico-Orgânica), na conquista de um vínculo e o início de uma relação terapêutica que vivi com uma criança autista de 4 anos, durante um semestre, no setor de Musicoterapia do CRPD-CIAD da SMPD-RJ.
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