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ANO XVIII – NÚMERO 21 – 2016
COMUNIDADE EM MUSICOTERAPIA CONSTRUINDO COLETIVOS
Resumo
O objetivo desse artigo é relacionar o conceito de Comunidade como construção de coletivos da Teoria Ator-Rede de Bruno Latour e a atuação Musicoterapêutica Comunitária. Para isso, parte da apresentação do ponto de vista conceitual de Latour e da metodologia Ator Rede (TAR) que busca a análise de controvérsias, detendo-se nos conceitos de grupo ou comunidade, redes e porta-vozes; exemplifica a pesquisa social das musicoterapeutas Grazielly Aquino e Raquel Siqueira Silva dentro da abordagem das redes e propõe uma ação clínica na concepção de que a comunidade é rede e a intervenção é sempre política. Conclui compreendendo que faz parte dos deveres políticos do cientista social devolver aos atores a capacidade de produzirem suas próprias teorias acerca do que forma o social. Para o musicoterapeuta, a política estaria na atitude de mediar, traduzir, misturar as situações, objetos, música, teoria e costurar sentidos, potências e vínculos. Convivendo em territórios tão dramáticos como os dos dias atuais, podemos encontrar na arte algumas das respostas que precisamos para nos auxiliar a construir outras maneiras de produzirmos novas subjetividades, promovermos coletivos em que haja invenção.
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